Fundação
Daniel Dazcal
Iniciamos o
segundo semestre de 2002, com a elaboração de um planejamento estratégico para
o período (agosto-dezembro / 2002). Este planejamento se fez necessário devido
à intensidade de atividades que o projeto vem desenvolvendo, como parte de um
amplo programa da Permacultura na Amazônia. Levando em consideração este
processo dinâmico, neste semestre as atividades do projeto ficaram concentradas
em três áreas:
1º) Estruturais e Operativas: no gerenciamento
das atividades de manutenção / implementação de novos sistemas produtivos
integrados da Unidade Demonstrativa de Permacultura;
2º)Técnico e Educativas: com a difusão
das práticas permaculturais, através da realização de cursos de capacitação em
Permacultura e a orientação de estágios supervisionados; e
3º)Capacitação Pedagógica: formação de
jovens líderes multiplicadores em Permacultura, através do programa
Ecoversidade.
Assim
sendo, o projeto chegou ao final de mais um ciclo semestral de atividades com
resultados satisfatórios e se preparando para novas atividades e desafios em
2003, com uma nova fase de atividades de campo, de capacitação e estratégias
regionais para a Permacultura.
Nosso projeto
segue um zoneamento baseado na localização relativa dos elementos, as suas
funções e o planejamento eficiente da energia do sistema em relação à
utilização e o manejo dos recursos naturais. Sendo assim, um critério de zoneamento
é definido pelo número de vezes que precisamos visitar uma área do projeto. As
zonas 1, 2 e 3 são setores de alta energia, onde concentramos muitas
atividades, sendo necessárias várias visitas durante o dia. É importante
destacar que a função de cada zona serve de apoio para as funções e os
elementos das outras zonas, formando assim um sistema integrado.
1.1 Zona 1
A Zona 1 é o ponto central do sistema onde está localizado o
viveiro e seus arredores, representando a casa familiar num sistema rural. É a
zona mais controlada e intensivamente utilizada. Na zona 1 estão as estruturas
para a produção de composto, círculos de bananeiras, sistemas de minhocultura,
a criação de abelhas, o coelhário, criação de codornas e o depósito de
ferramentas.
1.1.1
Viveiro:
Possuímos um
viveiro central dividido em áreas de sementeira e área para produção de mudas,
suportando uma média de cinco mil mudas. Houve uma reestruturação completa do
viveiro, sendo que todos os canteiros de madeira foram substituídos por
canteiros de ferro cimento, eliminando gastos futuros com manutenção. Foram
utilizados esteios de 4 metros de altura permitindo uma maior circulação de ar,
diminuindo assim a presença de pragas no viveiro. Todas as laterais foram
preenchidas com treliças para o aproveitamento dos espaços verticais como área
produtiva. No total possuímos cinco canteiros: três com 1,80 m de largura e
15,50 m de comprimento, e dois com 0,80 m de largura por 15,50 m de
comprimento. O verão amazônico
traz junto com o calor, uma série de condicionantes físicos e biológicos
capazes de alterar, em pouco tempo, a estabilidade e o equilíbrio interno do
viveiro. Nesta época do ano, é comum termos um aumento de doenças e pragas no
viveiro, por isso a manutenção do viveiro é redobrada. Atualmente, possuímos as
seguintes mudas em nosso viveiro:
Tabela 01 – Relação de espécies
existentes no viveiro da Unidade Demonstrativa de Permacultura.
Nome comum |
Quantidade |
Nome comum |
Quantidade |
Mapati |
30 |
Fruta do
milagre |
4 |
Genipapo |
115 |
Tucumã |
5 |
Murici |
67 |
Light |
16 |
Pitomba |
55 |
Sapucaia |
7 |
Borojo |
13 |
Maracujá comum |
25 |
Cupuaçu |
54 |
Laranja |
6 |
Ajuri |
19 |
Copaíba |
16 |
Rambutan |
25 |
Cumaru |
5 |
Açaí juçara |
69 |
Pau d’arco |
5 |
Abiu |
24 |
Buriti |
4 |
Cacauí |
41 |
Manga |
31 |
Cacaurana |
24 |
Jucá |
6 |
Ingá |
65 |
Ingá de igapó |
10 |
Urucum |
195 |
Araçá boi |
22 |
Ata |
11 |
Açaí do Pará |
40 |
Chapadeck |
11 |
Rollinia |
8 |
Como preparação para o inverno, nosso
objetivo para o verão foi a produção de 50 toneladas de composto. Nossa equipe
de trabalho se dispôs a atingir esta meta, encarando este objetivo como um
desafio. Necessitamos, além de um trabalho de equipe organizado, de matéria
prima em quantidades suficientes para montarmos as pilhas de composto. A
mobilização foi total para cumprirmos esse propósito. A produção de um composto rico e estável é a chave para o sucesso
de todo o sistema. Um bom composto deve conter nutrientes necessários para o
crescimento saudável das plantas, aumentando o número de microorganismos e a
própria vida do solo. O verão amazônico é um período ideal para a produção de
composto, pois temos as condições básicas necessárias para a produção de
grandes quantidades de composto: calor, umidade e material orgânico disponível
(na forma de carbono e de nitrogênio). Para produção de composto
utilizamos o método baseado no empilhamento de material orgânico em grandes
medas (1,5m x 7m). A pilha é revirada uma vez por semana, colocando uma nova
camada de aditivo orgânico. Este processo permite uma produção maior de
material compostado. Parte deste produto é utilizada no minhocário para a
produção de húmus, e outra parte é utilizada para adubar nossas plantas.
1.1.3 Criação de Abelhas
A
criação de abelhas indígenas sem ferrão (meliponicultura) iniciou com a
confecção das caixas de abelhas e retirada de ninhos de troncos, em áreas
próximas a Unidade Demonstrativa. O acompanhamento do desenvolvimento das
colméias foi realizado por uma equipe de alunas da EAFM em conjunto com nossa
equipe de campo. Em dezembro, implementamos nossas atividades de criação de
abelhas sem ferrão, adquirindo 22 novas colméias formadas.
A região oferece condições ecológicas perfeitas para a implementação de projetos com abelhas indígenas sem ferrão. A meliponicultura é uma atividade sustentável, ecologicamente correta, pois, as abelhas são partes integrantes do nosso ecossistema, de forma que criar estas abelhas significa atuar em sua preservação. Economicamente viável, pois o mel produzido pelas abelhas nativas é diferenciado e tem mercado garantido. E socialmente justo, pois os beneficiários serão as populações do interior do Amazonas que por tradição e vocação já criam estas abelhas. Para se ter uma idéia do potencial comercial da meliponicultura, podemos citar que uma colméia de abelha nativa produz em média 3 quilos de mel ao ano. Este mel diferenciado em seu sabor, aroma, consistência, coloração e propriedades alimentares já comprovados por exames físico-químicos, pode alcançar o valor mínimo de R$ 35,00 e máximo de R$ 70,00 por cada quilo, dependendo da região onde o mel é produzido.
Nosso
meliponário está instalado no galpão anexo ao viveiro, que teve de sofrer uma
reforma total do telhado de palha, pois estava deteriorado e com goteiras. Como
estas abelhas não possuem ferrão, podem ser manejadas por qualquer pessoa, sem
oferecer qualquer tipo de risco, como ferroadas, por exemplo. As técnicas de
manejo são simples, porém como o nosso objetivo é a multiplicação deste número
de colméias, estamos realizando um acompanhamento diário e quase que exclusivo
por um dos nossos técnicos. Além dos cuidados diários para a multiplicação das
colméias, ainda há a proteção contra o acesso das formigas e outros predadores
(forídeos) e as revisões de 15 em 15 dias.
Estas abelhas
são manejadas em pequenas colméias construídas com material regional, que
permitem a sua reprodução até duas vezes ao ano e a produção de mel durante o
segundo semestre, que é época do verão e período de intensa florada na floresta
Amazônica. Decidimos trabalhar apenas com duas espécies: Melipona compressipes manaosensis, conhecida como jupará, e Melipona seminigra merrilae, conhecida
como uruçu boca de renda. Atualmente temos 33 caixas de abelhas nativas sem
ferrão. O objetivo é alcançarmos o total de 200 colméias. Estamos também
trabalhando com abelha africanizada, a Apis.
Como esta abelha é agressiva e considerada perigosa, devido a sua ferroada,
inicialmente adquirimos todos os equipamentos necessários para sua manipulação
como: fumigador, máscaras, macacões, botas, etc. Atualmente, temos três caixas
de colméias instaladas na Zona 3, uma área mais distante para evitar acidentes.
A Apis produz 100 litros de mel por ano, porém este mel é menos valorizado no
mercado.
1.1.4 Coelhário:
Atualmente, temos dois galpões com coelhos
e minhocas na área próxima aos terraços das hortaliças: um mais antigo (Gaiolas
A) onde possuímos apenas seis gaiolas suspensas; e o outro (Gaiolas B e C),
construído mais recentemente, de 40m2, no qual existem 22 gaiolas suspensas com
coelhos fornecem material compostável para dois grandes canteiros inferiores
com minhocas. Atualmente temos 14 machos e 16 fêmeas. As fêmeas ficam 30 dias
no período de gestação, 30 a 45 dias amamentando, e em torno de 25 dias entram
num novo ciclo. Anualmente uma fêmea produz 4 ninhadas, cada ninhada com 4
filhotes, com uma média de 16 filhotes por ano. Temos 16 fêmeas, estimando uma
produção de 256 filhotes por ano. Os cuidados necessários diariamente são os
seguintes: duas vezes por dia colocar água (pela parte da manhã e à tarde);
duas vezes por dia colocar ração (em média 150 gr. por coelho e 1,5 kg de
puerária por gaiola) e uma vez por dia fazer a limpeza do ambiente. Desta
forma, estimamos um gasto de energia de 2 horas de trabalho diário. Leguminosas
plantadas em outras áreas da unidade servem como alimento para os coelhos, como
por exemplo, a puerária, o que representa uma diminuição de gastos com ração.
1.1.5 Codornas
Na zona 1 da
unidade demonstrativa do projeto, entre o viveiro e o coelhário novo, foi
estabelecida uma estrutura para a criação de codornas, que tem como finalidade
mostrar as diversas alternativas de viabilidade econômica para o pequeno
produtor. Esta estrutura explora bem os espaços verticais, pois as gaiolas são
suspensas em andares, possibilitando uma criação mais intensiva num espaço
menor. Inicialmente, adquirimos 199 codornas. Além do fornecimento do esterco
para a produção de composto, a criação de codornas também é uma fonte de renda
complementar através da comercialização dos ovos destes animais.
A codorna vem-se
destacando, nos últimos tempos, como promissora criação de aves adaptada às
condições de exploração doméstica. Esta preferência é decorrente do crescente
aumento do consumo de ovos de codorna e do excepcional sabor de sua carne. Os cuidados necessários diariamente: duas
vezes por dia água (pela parte da manhã e à tarde); duas vezes por dia ração
(em média 30 gr. por codorna) e três vezes por dia limpeza. O gasto de energia
está estimado em uma hora de trabalho diário. Nossas codornas estão produzindo
em média de 100 a 150 ovos por dia. O esterco produzido está sendo coletado e
armazenado no galinheiro, e posteriormente poderá ser utilizado na produção de
composto.
1.2 Construção da sala de
aula
Contratamos uma retro escavadeira e uma
caçamba para a escavação da sala de aula, que possui um design inovador com
várias adaptações para a nossa região, com a intenção de ser um ambiente
arejado que não precise de condicionador de ar. Para isso, escavou-se 2,5
metros, sendo que foram necessárias 24 horas de trabalho do trator e um dia e
meio de trabalho da caçamba para transportar todo o material retirado do local.
A sala de aula tem capacidade para 50 alunos e possui ajustamentos para o nosso
clima, como por exemplo, um sistema de ventilação com uma tubulação de concreto
com 60 cm de diâmetro e 19 metros de comprimento colocado a três metros abaixo
do solo, com o objetivo de esfriar o ar que passa por este canal. O telhado foi
montado com palha de buçu (Manicaria
saccifera), uma palmeira cujas folhas atingem 5 a 7 m, com um desenho bem
regional.
Para um melhor
acompanhamento das atividades desenvolvidas em campo, no mês de agosto
iniciamos a transferência do nosso escritório para o local de funcionamento da
Unidade Demonstrativa. Para isso solicitamos orçamentos para a instalação de
sistemas de alarme para maior segurança local, assim como a instalação de uma
linha telefônica.
2.1 Cursos de capacitação em Permacultura
No segundo
semestre de 2002, o projeto realizou quatro cursos de capacitação em
Permacultura com carga horária de 40 horas/curso. Sendo que, dois destes foram
ministrados para alunos do curso técnico e Pós-técnico da Escola Agrotécnica
Federal de Manaus (EAFM) e dois cursos de Permacultura para Agentes Agroflorestais
da Região Norte, através de uma parceria realizada com o Ministério do meio
Ambiente (MMA).
Desde o início do projeto,
estabelecemos uma atividade de capacitação, onde incluímos os alunos da Escola
como público alvo prioritário. A Escola Agrotécnica Federal de Manaus é uma
escola de ensino médio, atualmente responsável pela formação e qualificação de
500 alunos sendo que 75% destes alunos são oriundos do interior e são filhos de
agricultores. Sendo assim, a Escola exerce uma forte contribuição para o
desenvolvimento regional.
Desde 98, a Permacultura
faz parte da grade curricular da EAFM, onde o projeto proporciona aulas
teóricas e práticas de campo. Seguindo este processo interativo, a Escola vem
gradualmente incorporando no dia-a-dia as técnicas de Permacultura nos seus
módulos práticos e educativos.
Nos meses de
setembro e outubro de 2002, o projeto ministrou dois cursos de Permacultura
(carga horária de 40 horas/cada) para 20 alunos do curso técnico em agricultura
e 40 alunos do curso pós-técnico em Manejo Florestal da Escola Agrotécnica
Federal de Manaus (EAFM). Estes são ministrados anualmente através da parceria
de cooperação técnica estabelecida entre o projeto com a EAFM. Desta forma,
todos os alunos da EAFM antes de concluírem o curso técnico fazem o curso de
capacitação em Permacultura. Nestes cursos, os alunos receberam informações
teóricas a respeito da filosofia da Permacultura e conhecimentos teórico /
prática sobre as técnicas de Permacultura para o estabelecimento de sistemas
produtivos e ambientalmente saudáveis.
Dentre estas
técnicas abordadas durante o curso podemos destacar: Introdução a Permacultura,
História da Permacultura, Ética e Princípios da Permacultura, Análise dos
Elementos, Design, Zoneamento, Padrões e Efeitos de borda Planejamento do
Design Permacultural (Zoneamento);
Práticas de manejo e conservação do solo (curvas
de nível, construção de terraços e canais de infiltração); Ciclagem de
nutrientes (com o uso de técnicas de
manejo da cobertura vegetal, incorporação da Matéria orgânica, Compostagem e produção de húmus de minhoca);
Produção orgânica de alimentos - Hortaliças e Frutíferas (com manejo de biofertilizantes e inseticidas biológicos),
Estabelecimento de florestas de alimentos (com sistemas integrados para a
recuperação de áreas degradadas, com o uso de leguminosas em cultivos adensados
para produção intensa de biomassa verde, implementação de sistemas de cultivo
em Aléias e uso de sistema Taunguia para a implementação em áreas com solos
pobres em nutrientes. Os cursos foram realizados nas dependências da Unidade
Demonstrativa de Permacultura (UDP) do IPA e ministrado pelo instrutor João
Soares, técnico agrícola do IPA.
O Ministério do
Meio Ambiente (MMA), realiza um programa de apoio técnico e financeiro ao
desenvolvimento de reservas extrativistas (PRODEX) para produção em reservas de
manejo e conservação de recursos naturais da floresta. E em novembro de 2002, o
MMA em parceria com o projeto, promoveram dois cursos de Permacultura com carga
horária de 40 horas/curso, objetivando a capacitação destes agentes para
implementação das técnicas de Permacultura em seus sistemas de produção,
visando a otimização do uso dos recursos naturais disponíveis para a construção
de sistemas produtivos e sustentáveis.
Os cursos foram
realizados no mês de novembro de 2002, sendo o primeiro curso realizado no
período de 04 a 08/11 e o segundo no período de 18 a 22/11. No total foram
capacitados 60 agentes agroflorestais, das mais diversas localidades dos
estados do Acre, Amapá e Pará (Tabela 02). Durante o período dos cursos os
participantes tiveram aulas teórico/prática, onde foram abordados os seguintes
tópicos:
·
Introdução à Permacultura
·
Ética e princípios da Permacultura
·
Planejamento ecológico - Sistemas Naturais Integrados
·
Planejamento do Design Permacultural: Zoneamento
·
Padrões Naturais
·
Ecologia de Sistemas naturais e antropogênicos
·
Floresta de alimentos
·
Manejo ecológico do solo (curvas de nível, construção de canais de
infiltração)
·
Compostagem, Mulch, Minhocultura;
·
Água e floresta
·
Armazenamento e distribuição de água no sistema
·
Construção de caixa d'água com técnica de ferrocimento
·
Floresta como sistemas sustentáveis
·
Manejo e conservação da floresta
·
Sistemas agroflorestais e recuperação de áreas degradadas
·
Apresentação do Design Permacultural (no final do curso os participantes
apresentam o resultado prático de toda a informação teórica discutida ao longo
do curso para a implementação de sistema planejado de uso dos recursos
naturais).
Tabela 02. Lista com os nomes dos
agentes agroflorestais dos Estados do Acre, Amapá e Pará, que participaram dos
cursos de Permacultura realizados em novembro de 2002.
Nome do participante |
Procedência |
Amadeu de
Oliveira |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Flávio da
Silva Rodrigues |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Maria Cristina
dos Santos |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Elinilson Colares Aciole |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Valdir
Figueira do Gualberto |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Osvaldson
Ataíde Patrocínio |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Vivaldo
Francisco Pinto |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Arnaldo Farias
de Deus |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Zenilda Maria
Vieira da Silva |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Raimundo
Nonato S. dos Santos |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Marivan Marques Brás |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Odair José
Regis Santana |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Benilson de
Sousa Cardoso |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Manuel Assis
dos Santos |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Carlos Alves
Gama |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Osvaldo
Guimarães |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Walquinael
Alves Meces |
Almerim |
Raimundo
Berdinaldo Domingos |
Almerim |
Waldenez
Andrade |
Santarém –
RESEX Tapajós |
Genivaldo Corrêa
de Melo |
Santarém–
RESEX Tapajós |
Marquinazor
dos Santos |
Flona –
Belterra |
Benedito Gomes
da Conceição |
Prainha –
Santarém |
Jonh Diniz
Frias |
Prainha –
Santarém |
Carlos Vinhote
Ferreira |
Monte Alegre –
Santarém |
Marcos Roberto
Oliveira - RECA |
Rio Branco |
Francisco
Batista Lima |
Cruzeiro do
Sul – Rio Branco |
Clinger Rocha
dos Santos |
Cruzeiro do
Sul – Rio Branco |
Antonio
Januário Ferreira |
Tarauacá – Rio
Branco |
Flavio Silva
Oliveira |
Brasileia –
Rio Branco |
José Deoclécio
do Nascimento |
Feijó – Rio
Branco |
João Ribeiro Teles |
Abaetetuba-PA |
João Augusto Araújo Cerqueira |
Inhagapí-PA |
Cleber Nonato Correia do Rosário |
Colônia do Jundiaí-PA |
Benedito de Alencar R. Medeiros |
Abaetetuba-PA |
Osmanir Mendes
de Moraes |
Igarapé-Mirí-PA |
Raimundo A. F. da Conceição |
Igarapé-Mirí-PA |
Carlos Alberto da Silva Faro |
Inhagapí-PA |
Dilmar Nonato Araújo dos Santos |
Inhagapí-PA |
Raimundo Benedito Nasário |
Inhagapí-PA |
José Nilson de Freitas Ribeiro |
Cametá-PA |
Reginaldo E. Espírito Santo |
Cametá-PA |
Armando dos Santos Carvalho |
Cametá-PA |
Antonio Ivo Moia Gaia |
Cametá-PA |
Vanildo Ferreira Quaresma |
Abaetetuba-PA |
Domingos T. Ferreira Pereira |
Abaetetuba-PA |
José Bahia de Castro |
Igarapé-Miri-PA |
João Batista Sá dos Santos |
Curralinho-PA |
Ginaldo Costa Lopes |
Breu-Branco-PA |
Benedito Carlos da Conceição |
Igarapé-Miri-PA |
Benedito Fonseca da Costa |
Igarapé-Miri-PA |
Maria Dila C. Rosário |
Inhagapí-PA |
Agicé Ferreira dos Santos |
Abaetetuba |
Francisco de Assis Penha |
Amapá |
Benomias Soares Vanzeler |
Amapá |
Manoel Rocha Fonseca |
Breves |
Izaias de Almeida Pereira |
Breves |
Rodrigo Jesus Leal |
Brasíléia-AC |
Pedro Corrêa |
Oeiras do Pará |
Paulo Ronaldo |
Oeiras do Pará |
Olinto Santana |
Oeiras do Pará |
2.2 Estágio Técnico Supervisionado
No segundo
semestre de 2002 foi realizado estágio supervisionado com aluna da Escola
Agrotécnica Federal de Manaus, Luana Guimarães Lopes, com um total
de 120 horas trabalhadas. Esta estagiária desenvolveu atividades técnicas
(teórico/prático) em permacultura na Unidade Demonstrativa sob a orientação do
Sr. João Soares de Araújo, técnico responsável
de campo. O estágio foi realizado principalmente na Zona 1, onde iniciou-se a
criação de abelhas sem ferrão.
3.1 Participação no Ecoversidade
O projeto, em parceria com o Instituto de
Permacultura e Ecovilas do Cerrado (IPEC), a partir deste segundo semestre de
2002, deu início ao Ecoversidade, um
programa multidisciplinar de capacitação para agentes multiplicadores de
soluções práticas e sustentáveis. O programa Ecoversidade tem como filosofia a
construção de um novo sistema de educação, que promove aos ecoversitários a
possibilidade de transformar as realidades bioregionais existentes na sociedade
moderna. E como parte deste processo, um dos objetivos atuais do projeto é a
formação de uma geração de jovens Permacultores na Amazônia, multiplicadores de
conhecimento e capazes de liderar atividades permaculturais junto as suas
comunidades. Neste sentido, o projeto está coordenando, monitorando e avaliando
a participação do grupo amazônico durante o estágio de capacitação (oito
meses). Com o término da capacitação, este novo grupo de permacultores
retornará para Manaus, iniciando uma nova etapa que envolve uma atuação prática junto as suas comunidades ou projetos de
origem, ficando sob responsabilidade do nosso projeto, o monitoramento
dessas atividades desenvolvidas. Também faz parte da missão deste grupo, instituir um programa anual de cursos de
Permacultura. Cabe ao projeto assegurar a
continuação do programa Ecoversidade, pois a cada ano uma nova geração de
líderes amazônicos é formada. Sendo assim,
continuamos a atividade de seleção do segundo grupo de jovens líderes
locais, que necessariamente estejam ligados a iniciativas comunitárias ou a
projetos de reconhecida reputação na área do desenvolvimento sustentável.
Neste ano de
2002, o projeto encaminhou para Pirenopólis, no dia 30 de agosto, três pessoas,
com o objetivo de participar do programa Ecoversidade para a formação de
líderes amazônicos. Pela ASPAC (Associação de Silves pela Preservação Ambiental
e Cultural), Decarte Hilmer Grana de Assis, técnico agrícola formado pela
Escola Agrotécnica Federal de Manaus na modalidade Zootecnia; pela Casa Família
Rural, Reinaldo Ramos Mourão, técnico agrícola com habilitação em
Agricultura de Trópico Úmido e técnico em Manejo Florestal na Amazônia; pela
EAFM, Davi Cavalcante. Sendo que já encontrava-se no IPEC, desde
julho, a técnica agrícola Leslhiê Medeiros da Silva,
habilitada em Agricultura de Trópico úmido, encaminhada pelo IPA.
No mês de
setembro de 2002, o projeto encaminhou para o IPEC, o senhor Nailson
Celso da Silva Nina para participar do curso completo de Permacultura
como parte de um programa de capacitação da equipe do IPA. Durante o período de
30 dias em que esteve no IPEC foi possível conhecer todas as estruturas físicas
do IPEC, participar do planejamento e da execução das atividades de campo, das
reuniões de grupo, além de acompanhar de perto a adaptação dos ecoversitários
encaminhados pelo IPA para participarem do programa Ecoversidade.
3.4 Participação na VII FEPAGRO
Um dos pontos de destaque
do nosso componente educativo é o fato do projeto ser fisicamente dentro e
estar integrado com as atividades da Escola Agrotécnica Federal de Manaus
(EAFM). Desta maneira, procuramos participar das atividades e eventos
planejados pela Escola, como por exemplo, a VII FEPAGRO, nos dias 17, 18 e 19
de outubro. Fomos convidados para montar um Stand, no qual representamos um
sistema de Permacultura, com alguns exemplos da nossa zona 1, como viveiro,
sistema de coelhos x minhocas, um pequeno galinheiro e um círculo de
bananeiras. Além disso, elaboramos três banners com explicações básicas sobre
permacultura e sobre a nossa Unidade Demonstrativa.
3.5 Visita a Sistemas Agroflorestais
Em
Dezembro, organizamos uma visita a duas Instituições que desenvolvem sistemas
agroflorestais nos seus projetos: CEPLAC, localizada no km 48 e EMBRAPA
localizada no km 53, da BR 174. A visita foi institucional, com a participação
de todos que trabalham na Unidade Demonstrativa (funcionários e estagiários).
Tivemos a satisfação de iniciarmos contato com pessoas interessadas em fazer
algo mais pelo desenvolvimento sustentável na região. A visita foi
gratificante, pois nos permitiu conhecer outras iniciativas em sistemas
agroflorestais, com seus problemas, erros e acertos. As observações
contribuíram para o nosso aprendizado, sendo possível fazermos uma análise
sobre os nossos próprios sistemas implantados na Unidade.